Pra quem não viu a reportagem:
"Brasileiros
se formam em medicina no exterior, mas não conseguem trabalhar no Brasil"
Exibida no Fantástico
no dia 05 de junho de 2011, coloquei o vídeo e, abaixo, algumas considerações a
respeito.
Bom, vamos por partes...
Existe o "sonho de cursar medicina" X "preço/concorrência dos cursos de medicina no Brasil".
Aceito que algumas pessoas tenham este "sonho" e que corram atrás dele. Aceito também que elas busquem suas maneiras para realizá-los (cada um tem a sua...), mas, antes de mais nada, é preciso considerar a "realidade" !
- O custo de um curso de medicina no Brasil é alto demais e a concorrência de uma pública é gigantesca. Isto é fato! Portanto, se você fez principalmente o ensino médio em uma escola pública e não tem grana p/ fazer um cursinho: desista! Infelizmente é a realidade.
- Ou vá estudar em um país da América Latina, onde é mais barato.
- Mas em qualquer país? Depende da sua grana!
- A qualidade de ensino é boa? Depende! Existem cursos e "cursos"... você tem que pesquisar antes.
- Compensa ir a qualquer custo? Eu, particularmente, acho que não. A reportagem mostrou gente que ficou 2 dias somente com uma bala de hortelã no estômago, sem grana p/ comer e etc. Vale a pena? Na MINHA opinião não vale! Mas... Depende de cada um.
Sobre a "prova para revalidar o diploma.." Aí está um ponto que eu acho interessante.
- Acho que a prova deve SIM ter um nível de exigência alto. Como uma pessoa vai tratar da vida de outra sem ter condições de passar numa prova (difícil, é verdade) em que cai matérias que foram (ou deveriam, pelo menos ser) estudadas, relacionadas com o assunto?
- Aí virão questionamentos como:
“Ah.. mas o nível da prova é muito alto..." Estude mais!
"Ah... mas a maioria dos estudantes de medicina no Brasil também não passaria nesta prova..." Bom, aí é outra história. Não é porque alguns deles não estão preparados que você também não precisa estar!
- Acredito que TODOS que queiram cuidar da vida alheia devem passar por um exame de qualificação para saber se está realmente apto a isso. Não importa onde se formou. A pessoa pode ter se formado na USP e ter levado a facul nas coxas, ou ter se formado na Bolívia e ter estudado pra caramba, podendo virar um bom médico. É relativo...
Abaixo segue outra reportagem que foi exibida no jornal matutino Bom Dia Brasil, também da Rede Globo:
Bom, vamos por partes...
Existe o "sonho de cursar medicina" X "preço/concorrência dos cursos de medicina no Brasil".
Aceito que algumas pessoas tenham este "sonho" e que corram atrás dele. Aceito também que elas busquem suas maneiras para realizá-los (cada um tem a sua...), mas, antes de mais nada, é preciso considerar a "realidade" !
- O custo de um curso de medicina no Brasil é alto demais e a concorrência de uma pública é gigantesca. Isto é fato! Portanto, se você fez principalmente o ensino médio em uma escola pública e não tem grana p/ fazer um cursinho: desista! Infelizmente é a realidade.
- Ou vá estudar em um país da América Latina, onde é mais barato.
- Mas em qualquer país? Depende da sua grana!
- A qualidade de ensino é boa? Depende! Existem cursos e "cursos"... você tem que pesquisar antes.
- Compensa ir a qualquer custo? Eu, particularmente, acho que não. A reportagem mostrou gente que ficou 2 dias somente com uma bala de hortelã no estômago, sem grana p/ comer e etc. Vale a pena? Na MINHA opinião não vale! Mas... Depende de cada um.
Sobre a "prova para revalidar o diploma.." Aí está um ponto que eu acho interessante.
- Acho que a prova deve SIM ter um nível de exigência alto. Como uma pessoa vai tratar da vida de outra sem ter condições de passar numa prova (difícil, é verdade) em que cai matérias que foram (ou deveriam, pelo menos ser) estudadas, relacionadas com o assunto?
- Aí virão questionamentos como:
“Ah.. mas o nível da prova é muito alto..." Estude mais!
"Ah... mas a maioria dos estudantes de medicina no Brasil também não passaria nesta prova..." Bom, aí é outra história. Não é porque alguns deles não estão preparados que você também não precisa estar!
- Acredito que TODOS que queiram cuidar da vida alheia devem passar por um exame de qualificação para saber se está realmente apto a isso. Não importa onde se formou. A pessoa pode ter se formado na USP e ter levado a facul nas coxas, ou ter se formado na Bolívia e ter estudado pra caramba, podendo virar um bom médico. É relativo...
Abaixo segue outra reportagem que foi exibida no jornal matutino Bom Dia Brasil, também da Rede Globo:
"Prova revela despreparo de estudantes de
medicina em São Paulo"
A
reportagem deixa claro o despreparo da maioria dos estudantes no estado onde se
concentra o maior número de médicos por habitantes no país.
Bom, também deve-se levar em consideração alguns aspectos (como o aluno da UNIFESP manifestou no final da reportagem)...
Acredito que os questionamentos podem girar em torno de assuntos como estes:
O que cai nesta prova? Qual é o melhor meio de avaliação? Será que uma única prova é suficiente? Será que aplicar a prova para estudantes do SEXTO ano é o melhor meio de avaliação?
Um pensamento coerente é de que um estudante do sexto ano de medicina já sabe em que vai se especializar faz tempo! Quem vai partir p/ psiquiatria certamente estuda com mais afinco as matérias relacionadas à psiquiatria do que as relacionadas à cardiologia, por exemplo. Como certeza, nesta prova, esse cara acertou muitas questões relacionadas a psiquiatria e poucas relacionadas a cardiologia. E aí? O que fazer?
Mas nada justifica tais estudantes não saberem procedimentos primários da profissão! É mais ou menos como um físico não saber a primeira lei de Newton ou um engenheiro não saber resolver uma equação de segundo grau.
Enfim... Lembram do que falei sobre realidade no começo do post? Então, esta é a realidade aqui no Brasil.
Ainda tem uma última coisa que há de ser levada em consideração, mas esta só vou deixar o link mesmo:
Bom, também deve-se levar em consideração alguns aspectos (como o aluno da UNIFESP manifestou no final da reportagem)...
Acredito que os questionamentos podem girar em torno de assuntos como estes:
O que cai nesta prova? Qual é o melhor meio de avaliação? Será que uma única prova é suficiente? Será que aplicar a prova para estudantes do SEXTO ano é o melhor meio de avaliação?
Um pensamento coerente é de que um estudante do sexto ano de medicina já sabe em que vai se especializar faz tempo! Quem vai partir p/ psiquiatria certamente estuda com mais afinco as matérias relacionadas à psiquiatria do que as relacionadas à cardiologia, por exemplo. Como certeza, nesta prova, esse cara acertou muitas questões relacionadas a psiquiatria e poucas relacionadas a cardiologia. E aí? O que fazer?
Mas nada justifica tais estudantes não saberem procedimentos primários da profissão! É mais ou menos como um físico não saber a primeira lei de Newton ou um engenheiro não saber resolver uma equação de segundo grau.
Enfim... Lembram do que falei sobre realidade no começo do post? Então, esta é a realidade aqui no Brasil.
Ainda tem uma última coisa que há de ser levada em consideração, mas esta só vou deixar o link mesmo:
"Plenário aprova acordo para reconhecimento de diplomas entre países do Mercosul" (http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2011/05/24/plenario-aprova-acordo-para-reconhecimento-de-diplomas-entre-paises-do-mercosul)
-
Lembrando que o Mercosul é constituído por quatro Estados Parte, que são:
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
- A Bolívia é apenas estado associado.
- A Bolívia é apenas estado associado.
Ah,
mais pra frente vou postar modelos da prova de validação do diploma.